Finalmente o dia nasce
Ouve-se, ao fundo, a respiração ofegante
Afastam-se os fantasmas da noite mal dormida
Aprecia-se a luz que tranquiliza os males todos
Instalam-se as olheiras típicas
Segue-se o caminho que não estava traçado
A caminho da casa da infância
Começa a cefaleia do que foi
Persiste o inchaço da vista
Agora o Sol domina tudo
Adormeço fantasma de mim
quinta-feira, 27 de março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
Miopia
Perco-me em paisagens que crio e destruo
Tudo para me distrair daquilo que não sou e me afecta
Aconteço sem ser eu e isso perturba a visão
Deixo-me absorver pelas saídas de emergência
Caminho pelas calçadas da existência
Perco-me nos atalhos que julguei conhecer
Afundo o barco onde vou só para poder sair
Enquanto isto, sinto-me vivo: é a aflição da falta de vida
Acelera-se o passo
Impossível ( ! )
Não posso escapar de mim
Tudo para me distrair daquilo que não sou e me afecta
Aconteço sem ser eu e isso perturba a visão
Deixo-me absorver pelas saídas de emergência
Caminho pelas calçadas da existência
Perco-me nos atalhos que julguei conhecer
Afundo o barco onde vou só para poder sair
Enquanto isto, sinto-me vivo: é a aflição da falta de vida
Acelera-se o passo
Impossível ( ! )
Não posso escapar de mim
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