sábado, 6 de outubro de 2007

Champô

Bem, isto tem andado muito sério ( não é que não seja essa a ideia mas… ), até já me têm chamado deprimido. Vejam só! Eu deprimido!...

A título de excepção vou falar de champôs. Exactamente, de champôs!

Ora bem, o que é que se pode dizer dos champôs?... Normalmente cheiram bem, são caros e existem para todos os tipos de cabelo: normais, secos, secos nas pontas, curtos, compridos, com madeixas, pintados, frisados, secos na raiz e oleosos nas pontas, com lêndeas, com caspa, com caspa nas pontas ( que me perdoem os cidadãos que tenham outro tipo de cabelo mas isto não dá para tudo).

É claro que ninguém calculava que existiam todos estes tipos de cabelo, até que a industria do champô se lembrou de criar champôs para isto tudo.

No outro dia, ao ver um anúncio destes “néctares de limpeza capilar com propriedades nutritivas extraordinariamente especificas”, vulgo champôs, deparei-me com uma realidade que desconhecia: a ordenha das amêndoas. Sim, perceberam bem. Existem champôs com “leite de amêndoas”. Já estou a imaginar as amêndoas a serem ordenhadas por senhoras do campo, com o respectivo lenço na cabeça, enquanto os seus maridos ( homens rijos ) vão dando erva às amêndoas mais novas para que estas cresçam fortes e produtivas…

Tudo isto me parece um bocado estranho… Chego mesmo a acreditar que não existe leite de amêndoas… Mas, na dúvida, comprei o champô. O que não é totalmente estranho… Há quem acredite que o governo quer o bem das pessoas, que os padres vão para o céu, que “bomba atómica” é um produto de limpeza doméstica, que “buraco do ozono” é a toca de um animal selvagem, que “morrer à fome” é o nome de um filme americano… Porque raio não hei-de eu acreditar nas propriedades nutritivas do leite das amêndoas?!