terça-feira, 12 de maio de 2009

Começo

Da boca jorravam palavras vomitadas pela consciência aliviando a alma já de si perturbada pelo sol que chegava. Era manhã e a luz cegava até com os olhos postos no chão da floresta em que se fazia o caminho. O corpo implodia até ficar muito pequeno, de fora para dentro, a condensação tomava conta de nós. Nada importava quando se era apenas um ponto do espaço, um minúsculo ponto do espaço. Aos poucos tudo ficou a ser apenas a mesma coisa, a mesma coisa calma e quieta de sossego conquistado. Foi então que os deuses acordaram e a explosão dos corpos tomou conta do espaço: BUMMM!!! ouviu-se dentro de tudo, porque mais nada existia. Foi assim, mais ou menos assim, que tudo começou a fazer pouco sentido.