sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Eu, outro, quem?

Qual é o significado de mim? Quando as pessoas me chamam, o que querem elas que lhes apareça? Eu ou o tipo que elas pensam que sou?

Dou por mim a pensar em como é que alguém pode ter a lata de dizer que conhece outra pessoa. Se nos quisermos armar em parvos ( tal como estou a fazer ) podemos pensar que a vida, a vida social de um tipo qualquer, não é muito mais que um jogo de máscaras e filtros. Por vezes, dependendo principalmente de com quem estamos, conseguimos viver sem eles, outras nem por isso… e porquê?

Porque todos somos frágeis e nem todos podem saber isso, parece-me a mim. Já imaginaram aquele/a que nunca foi com a vossa cara a saber como é que vocês são nus? No mínimo era desconfortável.

Posto isto, acho que só um número muito pequeno de pessoas é que, quando chama por mim, está mesmo à minha espera. Os outros estão só a assistir a um espectáculo que eu fui construindo para lhes mostrar na hora de me mostrar. E de quem é a culpa disto, se é que é de alguém? Minha e só minha! É apenas mais uma das formas que tenho de preservar a minha nudez quando me sinto frágil.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Consciência e Liberdade

Será que temos consciência de nós próprios? Será que essa consciência afecta a nossa Liberdade? E as nossas acções serão influenciadas pela consciência que temos de nós?

Ele há coisas difíceis de explicar, principalmente quando não temos bem a certeza daquilo que falamos. Isto piora significativamente se estivermos a falar de sentimentos e de coisas como o ( in ) consciente.

Quase todos perdemos pouco tempo das nossas vidas a pensar em coisas que se sentem, o que não é obrigatoriamente mau. Talvez até seja uma grande qualidade e nos ajude a ir morrendo a vida de uma forma muito mais tranquila.

Mas, e já que estou para aqui virado, vamos lá pensar na forma como pensamos ( ou não ) em nós. Ganhar consciência de si próprio é uma tarefa para a vida e, normalmente, ela é curta para se chegar a conclusões mas, se tivermos em conta as vantagens que vamos tirando do processo, parece-me que vale mesmo a pena ir por ai…

Estamos sempre a ouvir falar em Liberdade, o que é muito bom, e nas suas várias expressões: a de imprensa, a de expressão, a de pensamento… A de pensamento parece-me ser a única que não pode sofrer atropelos, excepção feita aos causados por nós e esses… Bem, esses são difíceis de corrigir, não porque sejam difíceis de identificar mas porque exigem um grande esforço para os ultrapassar. Estou a falar da consciência de nós próprios ou autoconsciência (como preferirem ), que no fundo se reflecte nas decisões e acções que tomamos.

Não estou só a falar ( ou escrever ) da nossa personalidade, estou a referir-me a meter as variáveis todas na equação das decisões e tomadas de atitude, até aquelas que não gostamos de ver lá porque simplesmente são feias ou porque ao serem aplicadas na tal equação ficam mais expostas a olhares mais atentos ou indiscretos.

Ora quem não tem consciência de si não pode meter todas as variáveis na equação. Depois há os outros, os que conhecendo as variáveis não as aplicam porque têm medo e são frágeis.

E pronto! Cheguei onde queria: Se não conhecermos e não fizermos por conhecer o nosso ( in ) consciente, não só não conseguimos pensar e, consequentemente, agir livremente, como estamos a reforçar a maior resistência à nossa evolução: o medo de estar nu. Não… não estou só a falar da roupa.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

O Inútil...

Bem... Ouvi dizer que um blog serve para se dizer tudo o que se pensa, uma coisa tipo diário mas público. Podia fazer referência ao meu quotidiano, mas isso já é suficientemente chato para mim... Não. Não vos vou incomodar com a minha rotina, aquela que me torna igual a tantos outros e, por isso mesmo, sem interesse nenhum.

Prefiro falar-lhes de uma parte muito especifica da minha rotina diária, que se resume a perder ( ou não ) tempo a pensar em coisas que depois de analisadas alteram em certa medida, a nossa forma de lidar com o mundo.

A ideia não é justificar a minha existência, as minhas acções ou a falta delas, nem arranjar desculpas que me justifiquem enquanto individuo. Pretendo apenas e só partilhar pensamentos ou, se quiserem, as inutilidades em que penso e que depois tantas vezes me esqueço quando chega a hora de agir.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Porque sim!

Porque sim. É a resposta que tenho para a criação desta coisa... Tenho uma vaga ideia de o ter prometido a um amigo numa noite menos católica. Enfim, agora já está.
Não sei bem o que hei-de dizer, ou teclar, aqui... Hei-de me lembrar de alguma inutilidade nos próximos tempos.