sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Eu, outro, quem?

Qual é o significado de mim? Quando as pessoas me chamam, o que querem elas que lhes apareça? Eu ou o tipo que elas pensam que sou?

Dou por mim a pensar em como é que alguém pode ter a lata de dizer que conhece outra pessoa. Se nos quisermos armar em parvos ( tal como estou a fazer ) podemos pensar que a vida, a vida social de um tipo qualquer, não é muito mais que um jogo de máscaras e filtros. Por vezes, dependendo principalmente de com quem estamos, conseguimos viver sem eles, outras nem por isso… e porquê?

Porque todos somos frágeis e nem todos podem saber isso, parece-me a mim. Já imaginaram aquele/a que nunca foi com a vossa cara a saber como é que vocês são nus? No mínimo era desconfortável.

Posto isto, acho que só um número muito pequeno de pessoas é que, quando chama por mim, está mesmo à minha espera. Os outros estão só a assistir a um espectáculo que eu fui construindo para lhes mostrar na hora de me mostrar. E de quem é a culpa disto, se é que é de alguém? Minha e só minha! É apenas mais uma das formas que tenho de preservar a minha nudez quando me sinto frágil.

1 comentário:

Anónimo disse...

gostei muito de ouvir o teu solo de guitarra.