quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

O dialecto primitivo

Lá vou eu de novo… Sigo por mim como se descesse uma escada em espiral para o abismo que me define.

Quando se chega ao abismo do que somos, nada do que se vê é nítido, nem tão pouco parece real. Afinal sou só eu a olhar para mim, por dentro e no fundo do que sou. E é isto que ofusca a visão, embora a ofusque na mesma medida em que a acrescenta.

Muda-se a linguagem, não por ser outro sitio mas por se terem mudado os símbolos. Ficamos novamente crianças e tudo, mesmo tudo, é novo e fascinante. Até o que nos mete medo. ( Sim, eu sinto medo. ) Depois de se aprender essa linguagem do abismo que visitamos e é nosso, verdadeiramente nosso, começa a viagem pela semântica do que somos.

É neste ponto que me sinto e sou.

Parado em mim e activo na procura do meu significado. Porquê? Já tentei, muitas vezes, responder-me, e a página da resposta ficou sempre em branco.

1 comentário:

Anónimo disse...

o silencio é sabio quando entramos dentro de nos! quanto menos falamos quando estamos dentro de nós mais livremente o dentro de nós se manifesta! quero crer que a semantica do dentro de nód é mesmo o silencio, e a infinita multiplicidade que ele encerra! um grande abraço irmão